Os alunos André Barbosa, Francisco Costa, Marcos Silva e Raquel Motta da Silva do curso de ADS (Análise e Desenvolvimento de Sistemas) da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Ipiranga, marcaram presença na Global Game Jam 2016 e contam como foi a participação.
André explica que “A Global Game Jam é sem dúvida a maior reunião de desenvolvedores de jogos em todos mundo. Nesse ano foram 39 mil inscritos somando 632 locais espalhados em 93 países […] “. Ele também ressalta, nesse ano 44 dessas localidades estavam no Brasil e acredita que na próxima edição esse número deve aumentar.
Quando questionado “quem foi o campeão da maratona de desenvolvimento? ”, Marcos de forma muito humorada responde: “A Global Game Jam é um evento totalmente cooperativo, por isso acredito que os 39 mil participantes foram vencedores”.
Como funciona a Game Jam?
Raquel a única mulher do grupo explica, “Para participar do evento é necessário ter no mínimo 18 anos, após se cadastrar no site da Global Game Jam é necessário escolher uma das localidades, o evento aconteceu no dia 29/02 até o 31/02 e tivemos 48 horas para entregar o jogo.
Nós escolhemos a Fatec São Caetano do Sul pela localização e por boas referências. Chegando lá fomos bem atendidos pelo Alan Carvalho (organizador responsável), que inclusive ficou contente em saber que vimos de outra Fatec. No geral o lugar apresentava uma boa infraestrutura exceto a conexão Wi-fi, mas nada que impedisse dar continuidade nos projetos”.
Qual foi o tema dos jogos?
“O tema desse ano foi “Ritual”, dava para viajar bastante. Decidimos brincar com o tema e fazer um ritual invertido. Nos clássicos filmes e livros comumente vemos as pessoas fazendo algum tipo de ritual para invocar fantasmas, a nossa ideia foi “E se o ritual fosse feito pelos fantasmas, se eles invocassem um humano, será que pediriam Pizza ou algo do mundo humano? ”. Foi assim que nasceu o jogo Invoked Me, depois disso desmembramos em diversas mecânicas pequenas e validávamos as tarefas uma a uma. ”
Como foi o desenvolvimento do jogo?
“Lembro de uma coisa muito engraçada” diz Marcos,”[…] durante uma aula de Engenharia de Software ministrada pela professora Ana Paula, eu questionei como seria a aplicação do método de desenvolvimento ágil XP para um software que teria um prazo de entrega de 48 horas. Acho que sempre faço papel de aluno maluco com minhas perguntas, contudo sabia que seria importante para a Game Jam, já a professora muito atenciosa respondeu que dada a proporção bastava fazer uma divisão de tarefas em horas ao invés semanas ou meses.
No geral nós acabamos aplicando muito dos nossos conhecimentos obtidos no curso e os demais aprendemos trocando experiência com outros “Jammers” (participantes da Game Jam). Tenho de dar um mérito especial ao André e Raquel que trabalharam na arte 2D mesmo sem muita intimidade com o assunto.
André nos incentivou a desenvolvimento usando o motor de Jogos Unity3D conjunto com a programação orientada a objetos em CSharp (Linguagem de programação).
“Algumas técnicas relacionada especificamente aos jogos tivemos de aprender na hora” diz Francisco.
André relata, “Vimos no final que 48 horas é um tempo curto, infelizmente nossa aula de teste de software teria de ficar de lado, mas sem dúvida foi o desenvolvimento mais gratificante e divertido que tivemos”.
Marcos comenta ”Tudo bem que o jogo precisa ser finalizado, mas como bons analistas vamos resolver e reenviar ao site da Global Game Jam, contudo finalmente posso dizer que tenho um jogo em meu portfolio ”.
Próximo ano, que venha GGJ 2017.
Francisco conclui dizendo, “Nós teremos um ano para treinar e evoluir algumas habilidades especificas, o mais legal é que sentimos que esse mesmo grupo pode evoluir para uma Startup.
Também temos pretensão de conseguir formar um grupo de estudo na Fatec Ipiranga, imagina se fizéssemos a próxima Game Jam em casa? Seria épico! ”